segunda-feira, 2 de abril de 2007

Música de Leste
Na Europa Oriental, a música vive-se no quotidiano. Um casamento, a visita de um hóspede a quem se quer agradar, uma reunião de família... todas as ocasiões são boas para pegar no instrumento e tocar uma musiquinha folclórica. É quase possível ler a história e as influências de cada país através dos instrumentos. O címbalo, originário da Médio Oriente, foi introduzido na Roménia e na Hungria no século XVI. A balalaica, frequentemente associada ao acordeão, é rainha na Bielo-Rússia e na Ucrânia.
Música da Bielo-Rússia

A Bielo-Rússia é um país com uma rica e única tradição folclórica e música religiosa. A tradição da música folclórica na Bielo-Rússia remonta ao Grande Ducado da Lituânia. No século XX, sob o controlo soviético o país tem um grau limitado de desenvolvimento musical, para não dizer mesmo nulo, por causa da orientação musical nacional que é considerada uma afronta e perigosa para a autoridade soviética.
Música da Bulgária
A música búlgara faz parte da tradição balcã, com um som único e distinto. A música tradicional da Bulgária teve bastante sucesso internacional.
Na Bulgária usam-se instrumentos folclóricos, que hoje são variantes do tradicional instrumento da Turquia.
Mas os mais usados na Bulgária são a Gaita-de-foles, muito usada na Escócia; a Kaval (parecido com uma flauta), que é muito próxima à da Turquia; a Gadulka, parecido com o violino; a tarola (muito parecida a uma das partes que constitui uma bateria); e a tambura, que é da família da guitarra.
Para os casamentos toca-se essencialmente acordeão, clarinete, saxofone, tarola, o bass eléctrico e a guitarra eléctrica.
Mas o que marca realmente a Bulgária na música tradicional são as famosas Vozes Búlgaras, pois têm uma riqueza extraordinária, misturando estranhas melodias, ritmos complexos, compassos exóticos, harmonias únicas e coros femininos límpidos e cristalinos.
A primeira reacção ao escutarmos um coro de vozes búlgaras é sem dúvida a estranheza. Não é normal e poucas vezes parecerá humano a alternância da violência vocal destas mulheres com a doçura das suas vozes.
Para alguém mais informado sobre teoria musical ainda parecerá mais estranha a justaposição de escalas binárias, cromáticas e pentatónicas aliadas a uma tão grande riqueza melódica e rítmica.
Detentoras de uma tradição milenar, estas mulheres encantam quem as ouve, não só pela sua simplicidade, mas também pelo seu encanto que diga-se, reside somente na voz.
Música da Ucrânia

A música ucraniana tem vários tipos de categorias, uma delas é o tipo arcaico da modalidade “A Capella” uma música cuja frase é cantada por um solista e é respondida por uma frase em coro de duas ou três vozes verticais; poli, hetero e harmónicas. Este tipo de música actualmente encontra-se apenas nas vilas isoladas.
A música vocal exibe uma grande variedade de formas – a monofonia, heterofonia, homofonia, harmofonia e a polifonia. Os instrumentos tradicionais incluem: a bandura, o violino basolya, a hurdy – gurdy, e a kobza( parecido com as guitarras do fado).
Os instrumentos tradicionais de grupo mais conhecidos são o violino, a flauta, e o tambor. Mas o instrumento mais distinto e único na Ucrânia é sem dúvida a bandura. A bandura foi uma invenção do século XIX usada no folclórico e nas músicas semi-clássicas.
Um nome da música clássica é Serguei Sergeievich Prokofiev, pianista e compositor do modernismo clássico bastante conceituado, conhecido como um “enfant terrible” pelo exagero nas suas composições, ganhou fama pelas suas obras muitas vezes incompreensíveis.
Natural de Sontsovka, cidade localizada na actual Ucrânia (antigo Império Russo), nasceu em 1891.
As criações de Prokofiev são ricas tanto nas invenções melódicas quanto na arte de instrumentação, conseguindo mesclar elementos de percussão e lirismo.
Algumas composições são irónicas, sugerindo ao mesmo tempo um forte apelo popular e subtis demonstrações de refinamento. Mas boa parte da sua música é fácil, engraçada e até romântica. Prokofiev morreu em 1953.

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