segunda-feira, 2 de abril de 2007

Cultura da Ucrânia
A Ucrânia é um país da Europa Oriental e tem como capital a cidade de Kiev, a maior do país em termos populacionais. O país faz fronteira a norte com a Bielo-Rússia, a leste com Rússia, a sul com o Mar de Azov e o Mar Negro, e a Oeste com a Roménia, a Moldova, a Hungria, a Eslováquia e a Polónia.
O actual território da Ucrânia foi, desde o século IX, o centro da civilização eslava oriental que veio a formar o Principado de Kiev, antecessor da Rússia, da Ucrânia e da Bielo-Rússia. Em meados do século XIV, o Estado foi conquistado por Casimiro IV da Polónia, enquanto que o cerne do anterior Principado de Kiev – inclusive a própria cidade de Kiev – passou a ser controlada pelo Grão-Duque da Lituânia que veio a casar com a Rainha Edviges da Polónia, pondo assim grande parte do território ucraniano sob o comando da coroa polaca. Em meados do século XVII, um quase-Estado cossaco, o Zaporozhian Sich, foi criado pelos cossacos do Dniepre e pelos camponeses que fugiam da servidão polaca. A Polónia não tinha o controle efectivo daquela área (hoje, no centro da Ucrânia) que se tornou então num Estado autónomo militarizado, ocasionalmente aliado à Comunidade Polaco-Lituana. Entretanto, a supressão da fé ortodoxa, entre outras razões não tão relevantes, terminaram por afastar os cossacos e a Polónia. Assim, os cossacos voltaram-se para a Igreja Ortodoxa Russa, o que levaria eventualmente à queda da Comunidade.
Ao longo dos séculos seguintes, a região foi partilhada entre as potencias regionais. Após um período de independência (1917-1921) depois da Revolução Russa, a Ucrânia tornou-se em 1922 uma das Republicas Soviéticas fundadoras da URSS. O ideal nacional ucraniano sobreviveu durante os primeiros anos sob o comando soviético e a cultura e a língua ucranianas conheceram um florescimento aquando da adopção da política soviética de nacionalidades. Contudo, o país perdeu grande parte dos lucros com as mudanças políticas em 1930 quando duas ondas de expurgos (1929-1934 e 1936-1938) resultaram na eliminação de quatro quintos da elite cultural da Ucrânia.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, as fronteiras da Ucrânia soviética foram ampliadas na direcção oeste, unindo a maior parte dos ucranianos numa única identidade política. A maioria da população não-ucraniana dos territórios anexados foi deportada. Seguidamente, o país tornou-se membro das Nações Unidas.
Após o colapso da União Soviética em 1991, a Ucrânia ganhou a sua independência, tornando-se assim num Estado soberano.
Com uma área de 603 700 km2, a Ucrânia é o 44º maior país do mundo em território. A paisagem ucraniana é formada principalmente por planícies férteis e planaltos, atravessados por rios como o Dniepre, Donets Dniéster e Bug meridional, que correm na direcção sul e escoam no Mar Negro e no pequeno Mar de Azov. A sudoeste, o delta do Danúbio serve de fronteira com a Roménia. Só se encontram montanhas a oeste, a cordilheira dos Cárpatos, cujo ponto culminante é o Hora Hoverla com 2061 metros de altura.
O clima da Ucrânia é temperado continental, embora também se possa encontrar um clima mediterrâneo na costa meridional da Crimeia. A precipitação é maior no oeste e no norte e menor no leste e no sudoeste. Os Invernos são particularmente frios no interior e os verões são particularmente quentes no sul. As principais cidades do país (por população) são Kiev, Carcóvia, Dnipropetrovsk, Odessa, Donetsk, Zaporíjia e Lviv. A língua ucraniana é o único idioma oficial da Ucrânia, embora o russo também seja amplamente falado em especial no leste e no sul do país.
Considerada um mercado livre emergente, a economia da Ucrânia é uma das trinta maiores do mundo, com um PIB que vem crescendo recentemente ao ritmo de dois dígitos por ano. Anteriormente, fora já uma importante região industrial e agrícola da União Soviética. Após a independência, a falta de reformas estruturais significativas tornou a economia ucraniana vulnerável a choques externos. Em 2000, o PIB apresentou já um crescimento forte, devido às exportações, com índice de 6% positivo pela primeira vez desde a independência. Em 2001, a economia continuou a expandir-se com um crescimento real do PIB da ordem de 9% e aumento da produção industrial de mais de 14%. O desempenho favorável baseou-se na demanda interna alta e na crescente confiança do consumidor e do investidor. O crescimento económico acelerado no período de 2002-2004 deve-se em grande parte ao pico de exportações de aço para a China. Em 2005, a Ucrânia foi o sétimo maior produtor de aço do mundo. No sector de manufacturados, o país fabrica equipamentos metalúrgicos, locomotivas a diesel, tractores e automóveis. A Ucrânia possui também uma enorme base industrial de alta tecnologia, inclusive grande parte das antigas indústrias soviéticas de electrónica, armamentos e espacial. Devido ao seu passado soviético, a Ucrânia hoje depende de fontes de energia russas, em especial de gás natural. É porem auto-suficiente em termos de produção eléctrica.
A exploração intensiva dos solos negros e férteis (que cobrem quase 65% do país) do cinturão agrícola ucraniano tornaram o país num grande produtor de trigo e beterraba. Outros cultivos importantes são cevada; milho; leguminosas; batata; aveia; centeio e trigo-sarraceno. Cultivam-se ainda frutas e hortaliças nos arredores das grandes cidades. A Ucrânia é também um grande produtor de grãos, açúcar, carne e lacticínios. A criação de gado bovino e suíno é praticada em todo o país.
A religião predominante na Ucrânia é o Cristianismo Ortodoxo Oriental. Em segundo lugar, bem mais atrás, vem a Igreja Greco-Católica ucraniana de rito oriental, que mantém a mesma tradição espiritual e litúrgica da ortodoxia oriental, embora esteja em comunhão com a Santa Sé e reconheça a primazia do Papa. Existem ainda grupos menores de católicos romanos, protestantes, judeus e muçulmanos.
O artesanato ucraniano é uma prática de longa tradição e notável complexidade como é possível constatar através dos bordados, da xilogravura e da pintura de bonecas e de ovos típicos chamados pêssanka.
[Nota: informação retirada do site da Wikipédia]
[Débora Ramalho]

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