segunda-feira, 2 de abril de 2007

A Arte na Rússia
A arte russa resulta da fusão de várias culturas e povos que passaram ou se fixaram no país.
Na Rússia a arte sempre esteve relacionada com valores espirituais.
Durante muitos séculos a arte baseava-se em ícones, utensílios eclesiásticos e objectos feitos pelas mãos de camponeses. Mesmo sofrendo influência do barroco e do romantismo europeu, os seus artistas mantinham o seu próprio estilo, dando grande importância à arte do povo, assimilando aos poucos as novas tendências que surgiam.
Pintura
No século XIX houve o surgimento de artistas que pintaram as suas telas para a elite e também para o povo. Os primeiros artistas russos foram os pintores de ícones, que também dominavam com perfeição a técnica da pintura mural e do mosaico. Personificavam ideais e noções de beleza do homem e da natureza nas suas pinturas.
Na segunda década do século XX, surgiram movimentos inspirados no fauvismo francês e no expressionismo alemão. Foram também realizados muitos trabalhos primitivistas.
Marc Chagall, Wassily Kandinsky são pintores russos que se destacaram entre tantos outros.
Escultura
A escultura russa representava essencialmente símbolos de várias divindades que serviam como objectos de culto. Os camponeses faziam esculturas e trabalhos entalhados em madeira.
A proibição da confecção de esculturas pela igreja, a ausência de mármore e o Estado que proibia o uso do bronze, a não ser em estátuas de soberanos ou oficiais de alta patente, retardaram o progresso da escultura russa. Por essas razões, o seu crescimento é recente e resume-se em pequenas peças de bronze.
Um dos mais conhecidos escultores russos é Eugene Lancere.
Arquitectura
Nos primeiros tempos da Rússia, todas as suas construções eram de madeira e as casas eram rectangulares com telhados íngremes.
No século I, as igrejas eram também, por sua vez, cobertas com placas de madeira, com desenhos entalhados feitos pelos artesãos, e localizavam-se no alto das colinas com vista para as florestas e vilas. Os seus telhados eram complexos, com cúpulas em forma de cebola, exclusivamente decorativas, sem nenhum propósito estrutural.
Durante a Idade Média, as mais importantes construções russas inspiravam-se na arquitectura de Constantinopla e no Império Romano. As igrejas possuíam no topo uma cruz grega com quatro pontas iguais, as suas paredes eram altas, com poucas aberturas, e os seus tectos íngremes possuíam múltiplas cúpulas.
Quando floresceu o estilo rococó, foi construído para a Imperatriz Elizabeth, filha de Pedro, o Grande, o mais famoso prédio da cidade imperial de São Petersburgo, o Palácio de Inverno Hermitage.
No século XX, com a Revolução Russa, aconteceu também a revolução nas artes, e o construtivismo marcou a nova ordem socialista. O Mausoléu de Lenine foi descrito como a obra prima da simplicidade da arquitectura. Originalmente, era um cubo de madeira, onde o corpo de Lenine foi colocado dentro de um caixão de vidro. Em 1930, a madeira foi substituída por granito vermelho, simbolizando o comunismo, e preto, o luto. Esta pirâmide fica situada em frente ao Palácio de Kremlin.
Depois da II Guerra Mundial, os arquitectos foram contratados para desenhar uma série de prédios altos incorporando o estilo gótico do século XVII. A arquitectura moderna russa é uma combinação de um uso mais versátil do espaço com uma decoração estética, e usa materiais como placas de vidro e concreto, painéis de cerâmica e mosaico.
Um famoso joalheiro russo foi Peter Carl Fabergé, especializado na confecção de obras com motivos de arranjos florais, grupos humanos e animais. Actualmente é mais conhecido pelos seus famosos ovos de Páscoa, "Ovos Fabergé", realizados para a família imperial russa, e que os czares Alexandre III e Nicolau II ofereciam anualmente aos seus familiares.
[Nota: informação retirada do site da Wikipédia]
[Débora Ramalho]

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