quarta-feira, 4 de abril de 2007

56,40% de Abstenção “Democrática”
No dia 11 de Fevereiro do presente ano, foi colocada a questão sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez aos portugueses. Em 43,60% de votantes, 59,24% foram a favor do “Sim” e 40,76% a favor do não. Ao contrário do que dizem, não foi o “Sim” que ganhou, mas sim a “Abstenção”.
Apesar da grande polémica, debates e movimentos políticos e civis, a maioria dos portugueses optou por não votar ou pelo voto nulo ou branco. Apenas 43,60% da população portuguesa respondeu à questão colocada em Referendo Nacional, “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado”, tenho ganho o “Sim” com 59,24% face aos 40,76% do “Não”.
A taxa de participação neste referendo, não tendo sido elevada, foi superior à registada no referendo homólogo de 1998. A 28 de Junho de 1998, apenas 31,9% de eleitores votaram no referendo, tendo sido a abstenção de 61,8%.
Os elevados números de abstenção revelam um profundo esquecimento face a lutas passadas. Ao fim de tantos anos a lutar pelo direito à democracia, e agora que temos a oportunidade de decidir, em conjunto, o rumo do nosso país, parece que o “pequeno” português deixa-se superar pelas condições climáticas.
[Nota: informações estatísticas retiradas do site http://www.marktest.com]
[Bruno F. Moutinho]

Sem comentários: