segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

A SIDA NA ÁFRICA SUBSAARIANA
A África Subsaariana abriga cerca de 24,5 milhões de infectados, quase dois terços dos portadores de HIV em todo o mundo

Desde que os primeiros casos da síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA) foram detectados, em 1981, a África é o continente que mais sofre com a doença, especialmente a região subsaariana (também conhecida por África Negra que corresponde à região do continente africano a sul do Deserto do Saara, ou seja, aos países que não fazem parte do Norte de África). A SIDA há muito que ultrapassou as barreiras que envolviam os homossexuais e os drogados, agora é uma doença que pode ser de qualquer pessoa. Já não há grupos de risco. O que há é comportamentos de risco, que devem ser evitados, ou conscientemente assumidos com o máximo de precaução. Segundo o relatório anual da ONU, divulgado no início de Julho, são portadores do vírus da SIDA 34.300.000 adultos de 15 a 49 anos e 1.300.000 crianças até 15 anos. Desse total, vivem na África subsaariana 24.500.000. E, já morreram 18.800.000 pessoas, das quais 3.800.000 eram crianças. Ou seja, praticamente o dobro de vítimas causadas pela Primeira Guerra Mundial. Quando as pessoas actualmente infectadas morrerem, a SIDA já terá matado mais gente do que as duas Guerras Mundiais.
[Cátia Santos]
Qual o tratamento?
Cientificamente não há um verdadeiro e eficaz tratamento para a doença

Nas doenças por vírus, a atitude médica consiste em criar no organismo defesa específica contra essa possível agressão, sob a forma de administração de vacinas. É uma atitude preventiva de modo a que, no caso de a infecção se dar, a doença não surja ou seja tão fraca, que o organismo não venha a sofrer por isso e a possa debelar com facilidade. Ainda não foi descoberta a vacina de prevenção para a SIDA. Existe, no entanto, um grupo de medicamentos que podem diminuir a multiplicação dos vírus. Não destrói todos os Vírus, nem cura a doença, mas reduz o número de elementos agressivos e pode retardar a sua evolução. São medicamentos que podem prolongar o tempo de vida, contendo a infecção numa fase anterior ao desfecho final. Mas, para que esse tratamento possa resultar torna-se necessário que os indivíduos seropositivos, os portadores, sejam despistados precocemente e seguidos periodicamente para a aplicação do tratamento na altura devida e conveniente.
E, isso depende, exclusivamente, do interesse e da vontade de cada pessoa em ter conhecimento da sua situação perante a possível infecção pelos vírus HIV.

[Cátia Santos]

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